*Por A Caixa de Pandora
Texto publicado originalmente em sua página no Facebook
Primeiro tentaram dizer que “não
tinha nada demais” nas conversas. Como começou a ficar feio, tentaram alegar
que eram mensagens falseadas por um “hacker”, mas como são muitas mensagens
desde 2016, e é impossível grupos estarem sendo hackeados há mais de 3 anos sem
ninguém perceber, então passaram a apelar para a máxima maquiavélica de que “os
fins justificam os meios”.
“Pelo menos combatemos a
corrupção!”
“Recuperamos dinheiros para os cofres públicos!”, bradam os defensores
aguerridos da Lava-Jato.
Ora, ainda é preciso lembrar que
quando é o próprio Estado, por meio do Judiciário e do Ministério Público, que
viola as leis para atingir um objetivo que julga superior (a “sacrossanta”
luta contra a corrupção) já não sobra mais nada no Estado de Direito, que vira
tão criminoso quanto aquele que se pretende deter.
A consequência é que se aqueles que
deveriam cumprir a lei, podem violá-la, agora estes também poder ser
espionados, ter sua intimidade devassada e ser expostos ao escrutínio público.
Além disso, não se pode deixar de
lembrar que essa “guerra santa” contra a corrupção só tinha um alvo: o PT, pois
afinal de contas só se dirigiu seletivamente a pessoas do dito partido com
objetivo nítido de retirá-lo do poder.
Uma das evidências disso é o
vazamento de Moro diretamente para o Jornal Nacional, da conversa de Lula e
Dilma, quando esta ia nomeá-lo como Ministro (tudo devidamente combinado com
Dallagnol). A conversa não tinha conteúdo criminoso, mas seu vazamento
propositadamente na semana da votação do impeachment na Câmara, demonstra o
nítido objetivo de influir no cenário político.
Moro afirmou na época que o vazamento
se deu para que “os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando
estes buscam agir protegidos pelas sombras". Ora, mas isso também não vale
para juízes e procuradores?
O processo-espetáculo de Lula, sua
condução coercitiva, seu julgamento em 2º grau em tempo recorde, o impedimento
de cumprir o HC que fora concedido em plantão, corroboram o intuito meramente
político em seu afastamento das eleições.
As conversas dos Procuradores
desesperados com a possibilidade de entrevista de Lula, que poderia ajudar
Haddad e suas estratégias de como adiar ou atrapalhar a tal entrevista, deixa
mais nítido o intuito politiqueiro de suas ações.
E a cereja do bolo, não precisa de
gravação, pois é escancarada: um juiz que condena o ex-presidente e o impede de
se candidatar, para em seguida ser nomeado Ministro da Justiça do novo
presidente beneficiado - um acinte que, por si só, seria suficiente para
reconhecer a suspeição do julgador.
Acabou o Estado de Direito no Brasil,
com um consórcio entre Juiz e Acusação, com apoio da grande mídia, para
chegarem ao poder como desejavam desde o início.
*É uma coletiva de mulheres que se reuniu para falar sobre feminismo,
democracia, política, justiça social, igualdade racial, sistema de justiça
criminal, meio ambiente, além de denunciar os males do
mundo que estão espalhados por aí.
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