"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

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segunda-feira, 17 de junho de 2019

Os fins justificam os meios – a antiética maquiavélica e o projeto de poder de Moro/Dallagnol/Bolsonaro

Texto publicado originalmente em sua página no Facebook
Primeiro tentaram dizer que “não tinha nada demais” nas conversas. Como começou a ficar feio, tentaram alegar que eram mensagens falseadas por um “hacker”, mas como são muitas mensagens desde 2016, e é impossível grupos estarem sendo hackeados há mais de 3 anos sem ninguém perceber, então passaram a apelar para a máxima maquiavélica de que “os fins justificam os meios”.

“Pelo menos combatemos a corrupção!” 

“Recuperamos dinheiros para os cofres públicos!”, bradam os defensores aguerridos da Lava-Jato.

Ora, ainda é preciso lembrar que quando é o próprio Estado, por meio do Judiciário e do Ministério Público, que viola as leis para atingir um objetivo que julga superior (a “sacrossanta” luta contra a corrupção) já não sobra mais nada no Estado de Direito, que vira tão criminoso quanto aquele que se pretende deter.

A consequência é que se aqueles que deveriam cumprir a lei, podem violá-la, agora estes também poder ser espionados, ter sua intimidade devassada e ser expostos ao escrutínio público.

Além disso, não se pode deixar de lembrar que essa “guerra santa” contra a corrupção só tinha um alvo: o PT, pois afinal de contas só se dirigiu seletivamente a pessoas do dito partido com objetivo nítido de retirá-lo do poder.

Uma das evidências disso é o vazamento de Moro diretamente para o Jornal Nacional, da conversa de Lula e Dilma, quando esta ia nomeá-lo como Ministro (tudo devidamente combinado com Dallagnol). A conversa não tinha conteúdo criminoso, mas seu vazamento propositadamente na semana da votação do impeachment na Câmara, demonstra o nítido objetivo de influir no cenário político.

Moro afirmou na época que o vazamento se deu para que “os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras". Ora, mas isso também não vale para juízes e procuradores?

O processo-espetáculo de Lula, sua condução coercitiva, seu julgamento em 2º grau em tempo recorde, o impedimento de cumprir o HC que fora concedido em plantão, corroboram o intuito meramente político em seu afastamento das eleições.

As conversas dos Procuradores desesperados com a possibilidade de entrevista de Lula, que poderia ajudar Haddad e suas estratégias de como adiar ou atrapalhar a tal entrevista, deixa mais nítido o intuito politiqueiro de suas ações.

E a cereja do bolo, não precisa de gravação, pois é escancarada: um juiz que condena o ex-presidente e o impede de se candidatar, para em seguida ser nomeado Ministro da Justiça do novo presidente beneficiado - um acinte que, por si só, seria suficiente para reconhecer a suspeição do julgador.

Acabou o Estado de Direito no Brasil, com um consórcio entre Juiz e Acusação, com apoio da grande mídia, para chegarem ao poder como desejavam desde o início.

*É uma coletiva de mulheres que se reuniu para falar sobre feminismo, democracia, política, justiça social, igualdade racial, sistema de justiça criminal, meio ambiente, além de denunciar os males do mundo que estão espalhados por aí.

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