Por Manoel Paixão
Procuradoria-Geral da República, em Brasília (Foto: Antonio Augusto/Secom/PGR) |
Meu caro leitor e minha cara leitora,
Resumindo o imbróglio...
O presidente da República no uso de suas
atribuições, indica e, depois de aprovado no Senado, nomeia o PGR (Procurador-Geral da República).
Mas, existe uma lista tríplice do MPF (Ministério Público Federal) para escolha do PGR, que vem sendo respeitada desde 2003.
Desde então, os governos de Lula e Dilma
optaram pelo candidato mais votado pela categoria de procuradores. O governo ilegítimo do Temer
optou pela segunda colocação.
Agora, o atual presidente decidiu
escolher um nome fora dessa lista, segundo o mesmo "alinhado com o governo".
A escolha do presidente da República não precisa considerar a lista tríplice.
A lista tríplice, tradicionalmente, é o resultado de uma eleição interna do MPF, que sugere três nomes de procuradores ao presidente da República.
A indicação do PGR fora da lista é considerado um retrocesso para a instituição.
Vira e mexe os procuradores e
representantes da categoria do MPF, saem com o discurso de que a instituição
anda sob "ameaça".
É impressionante, que justamente no
momento em que se fala tanto em "defesa da autonomia" da instituição,
não esteja acontecendo manifestações veementemente contrárias, quando a lista tríplice está sendo deixada de lado.
Outra, o escolhido pelo presidente da
República para a PGR, deveria, por não fazer parte da lista tríplice, em sinal
de respeito aos seus próprios colegas e também em defesa da tal autonomia da
instituição, de pronto agradecer ao mandatário e se recusar à aceitar a
indicação de seu nome. Claro, mas isso foi só um devaneio, que me acabou de
ocorrer!
Pensa só no grande escarcéu que seria,
se tudo isso tivesse acontecido lá atrás, nos governos petistas, na certa não
daria outra.
Diferente de hoje, parece que isso nem
sequer suscita toda aquela indignação como se via até bem pouco tempo nesse
país, sobretudo, no seio do MPF e afins, na grande mídia e no meio dos ditos
"cidadãos de bem". Nessas questões, atualmente, nem "oportunismo" se
ver mais, nem mesmo isso!
No fim, o indicado do presidente passou
no Senado e será o novo PGR, quebrando assim a tradição da lista tríplice. E os
procuradores e representantes da categoria do MPF? Esses aí, nem tchum!
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