"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

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segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Uma criança barra o caminho da barbárie. Por Fernando Brito

Por Fernando Brito  

É doído e triste que vivamos o paradoxo de que só o pequeno corpo de uma criança tenha tido forças para deter a escalada da barbárie estatal.


O presidente da República não fará, por um bom tempo, “arminha” com as mãos.

Os Ratinhos e Datenas vão segurar os “senta o dedo” que proliferaram na televisão.

A estupidez voltou – quase – a ter vergonha de exibir-se nua.

O projeto que dava “licença para matar”, obra da dupla Jair Bolsonaro-Sergio Moro, cambaleia sob o “medo, surpresa e violenta emoção” da sociedade que vê as suas consequências macabramente antecipadas.

Exceção feita aos imbecis rematados, dá para sentir no silêncio pesado a angústia que sucede aos ataques de fúria, durante os quais a razão foge da sala.

O processo social é, mesmo, insondável.

Ághata, escrevi ainda na manhã de sábado, não foi a primeira nem será – que pena! – a última vítima desta guerra insana.

Mas virou um marco, um símbolo, um aterrador sinal de que não queremos – sim, a maioria não quer – ser um Vietnam, administrado a bala por uma projeção milicana das classes dominantes.

A menina Ágatha não morreu à toa.



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